quinta-feira, 17 de março de 2011

AMOR QUE MORRE.

O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!

Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.

E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!


Florbela Espanca

sábado, 6 de novembro de 2010

Faz-me.

É alegria, é tristeza
É marca, é saudade
É tudo e é nada
É o não querer, é ter vontade

É confuso, é estranho
É completamente desconhecido!

É ter-te por perto quando não te vejo
É tocar-te quando não te tenho
É abraçar-te sem te ver

E isto corrói-me a alma
Destrói tudo que há em mim
Ter-te e não ter-te?
Beijar-te ou não te beijar?

Sinto-me louca no meio da confusão
Mas só louca é que te possuo

Por isso…
Faz-me continuar louca
Faz-me continuar a ter sem te ter
A beijar sem te beijar
A ouvir-te sem te ouvir

A acreditar que existes e estás dentro de mim!

Faz-me, simplesmente!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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Já percebi o que é estar sem ti. Podes voltar meu amor.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

(Re) Começar

Olha-me, como só tu olhavas.
Pede para eu por a língua de fora.
Agarra-me a mão e aperta com força.
Põe-me nas tuas costas e faz-me sentir bem segura a ti.
Faz-me cócegas, para eu rir até não poder mais.
Diz-me aquelas palavras…
Escreve-me textos, poemas, o que quiseres, mas escreve.
Diz piadas sem nexo.
Dá-me um sorriso de pessoa apaixonada.
Sorri para mim.
Simplesmente, volta para mim e volta a amar-me, como sempre!

domingo, 26 de setembro de 2010

Amor cego



Tornaste-me uma princesa… Mostras-te a todos o que eu era para ti… fizeste-te príncipe e também o mostras-te a todos…
E agora… O que querias verdadeiramente em cada um destes momentos? Sinceramente não sei, nem sei se um dia o saberei… Vou acreditar sempre no que me dizes, porque dizes sempre o que eu gosto de ouvir, e não falhas uma única vez, acertas sempre, sempre sempre…
Ás vezes não sei se acredito no que dizes por ser mesmo a verdade ou se só acredito porque preciso de acreditar, porque vivo das tuas palavras, porque necessito de palavras vindas de ti… preciso disto para ter uma vida feliz, num mundo onde já ninguém sabe o que é amar, como se amar fosse para quem quer… Ridículo! Amar não é para todos. Amar, só eu e tu amamos, os outros têm apenas uma espécie de amor… eles podem pensar o mesmo de nós, mas é óbvio que o amor foi feito para nós os dois.
Estás a um passo da perfeição e isso faz com que nunca duvide das tuas palavras e nunca confiarei nas palavras de outra pessoa a não seres tu…
Por fim peço-te… Não te aproveites desta minha fraqueza. O meu amor é cego e continuará a ser enquanto fores um príncipe… <3

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Aquele Adeus...


Esta noite… passei o tempo a escutar-te, dizendo ao meu ouvido “Adeus princesinha” e esta frase… a tua voz… este adeus tão decisivo… não me deixaram adormecer, apenas me fez chorar, chorar agarrada à almofada que é tua… a almofada onde nunca chegaste a dormir, que nem sequer viste, aquela almofada que não te dei. Aquela à qual me abracei para chorar.
Sem ti, sem os teus sorrisos sinceros, sem as nossas coisas e momentos, já não sou uma princesa. Já não sou a princesa que nunca cheguei a ser, já não sou a princesa que tu vias, que construíste e que agora, com a tua voz e com esse adeus tão decisivo, desaparece… sem nunca na realidade ter existido.
E de nós, o que sobrou? Apenas a tua minha almofada, à qual me agarro para chorar, porque “ veneram-me demasiado as coisas que me recordo”.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vida Incompleta

E o dia de amanhã? Irei sentir falta da tua mão para segurar numa caneta, irei sentir falta dos teus olhos para ver o amanhecer, faltara-me a tua boca para comer… Irei sentir falta de qualquer coisa, faltaras-me tu.
Já sinto falta das tuas palavras, por mais que fosse difícil de lê-las, pois as minhas, mesmo legíveis, vão ser sempre fracas e terão sempre o vazio de quem não sabe usar as palavras. Sem ti, serei sempre insuficiente. Porque afinal nós éramos um só, eu fazia parte de ti como tu de mim. Como irei sobreviver sem uma metade de mim? Ou será que era mentira quando dizias que éramos um só?
Dificilmente dormirei sem sentir que és meu, nem sequer sou capaz de imaginar a percorrer-me o resto dos meus dias… Sem saber que estás ali à minha espera, sem saber que vou ver o teu sorriso, sem saber que vais cantar para mim quase em sussurro, sem saber….
And now… Onde estás? Sinto-me triste, preciso de ti para parar de chorar. Lembras-te quando me prometeste que me ias dar um abraço bem apertado cada vez que eu estivesse triste? Pois bem, ainda não senti os teus braços a agarrarem-me.
Estou à espera de te ver ao longe, na mesma rua onde te vi desaparecer… Estou à espera que o teu olhar penetre no meu, estou à espera do sorriso que me davas, para depois poder correr para ti, apertar-te o pescoço, olhar-te nos olhos e dizer-te, como na primeira vez, “Amo-te e quero-te para mim”… Falta saber é se ainda queres ouvir.
Se não o quiseres, não digas nada… Não digas nada que o silêncio possa dizer melhor, amor.